(Foto: Ascom Alepa)
O dia 29 de agosto é o dia da Visibilidade ao Combate a qualquer tipo de violência aos homossexuais, como a Homofobia, Transfobia, a Lesbofobia. O autor do pedido da sessão especial revezou a presidência dos trabalhos com o deputado Manoel Pioneiro (PSDB), presidente da Alepa, que coordenou os trabalhos até o final.
“Só o fato de se debater abertamente a homofobia no Brasil já é um avanço, até porque há alguns anos, nós não podíamos nem fazer esse debate pois as pessoas que tinham a sua orientação sexual diferente da hetero se escondiam porque sofriam todo tipo de preconceito, e de discriminação”, comemorou o deputado Moura. Para ele, entretanto, apesar do preconceito e da discriminação ainda existirem, “mais pessoas assumem sua orientação e permitem o debate aberto, na procura de encontrar alternativas na luta contra a homofobia”, disse.
Ele ressaltou ainda a necessidade do Estado ter políticas públicas voltadas para as comunidades LGBTs, voltadas para as minorias em geral, pois, com políticas públicas se combate o preconceito e a descriminação. “Me refiro a políticas públicas serem implementadas não somente nos órgãos que tradicionalmente já o fazem”, falou o parlamentar, referindo-se à Sespa, na prevenção de doenças; da Segurança Pública, no combate à violência; na Defensoria Pública, para defender os direitos dos oprimidos e discriminados. “É necessário criar políticas afirmativas de referência a comunidade LGBTs em todas as áreas do Estado”, defendeu.
Para Janaina Oliveira, do Conselho Nacional de Diversidade Sexual do Ministério de Direitos Humanos da Presidência da República, a sessão especial foi uma oportunidade para que as lésbicas e os bissexuais pedissem aos parlamentares mais direitos, mais atenção, e que de fato representem estes segmentos na busca de mudança de concepção na sociedade e para torná-la mais igualitária.
“Para nós é muito importante a realização da sessão porque o movimento lésbico e das mulheres bissexuais é muito tímido. A gente sempre fez atividades a portas fechadas e nunca revelando ao público aonde estávamos e quantos dias eram de debates, com receio das reprasálias”, relembrou Janaína da Costa, do Conselho Nacional de Diversidade Sexual do Ministério de Direitos Humanos da Presidencia da República.
Para Paulo Lessa, da coordenação da Associação Nacional de Gays, o problema da homofobia não está somente afetando os homosexuais. “É preciso conscientizar a população para se combater a homofobia. Hoje, as agressões não se limitam aos gays, mas chegaram até os heterosexuais, incluindo pai e filho porque estavam abraçados. Os homofóbicos os agrediram como se fossem homosexuais”, disse. Para Lessa, o recrudescimento da violência contra homosexuais, é uma doença. “Essa doença da homofobia vem cada vez mais se agravando devido a falta de políticas públicas que garantam a defesa dos homosexuais. É preciso uma luta em defesa de direitos de cidadania, de sobrevivência da comunidade homosexual”, defendeu. (Dol com informações da Alepa)
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